Sobra-te o cansaço. Que reste o nada. Disfarça-o de vontade e disfarça-a a essa do que tiver que ser. Um pé depois do outro é o que basta lembrar. Ampara os passos que tiveres que amparar. Não os ampares sempre. Tropeça apenas no necessário não receies o dispensável. Ampara-os todos. Espreme uma mão amiga. Depois dum passo vem outro e depressa vem a corrida. Corre o mundo como um rio sem foz e ao chegares volta a corrê-lo de novo e de novo. Tantas quantas permita o tempo tantas quantas lhe caibam. Agarra-te à alma que és e sabes ao milagre que carregas em forma de cruz e corre. Arrasta-a pelo mundo mostra-lhe o lugar que falha aos olhos. O lugar que se vê da varanda dum olhar. Estrelas dos dias. Espreita por detrás do esvoaçar balançado da cortina que se diria presa à brisa do mundo e sorri-lhe. Ter a audácia de espreitar quem se é no fundo e o quanto no fundo se é. Arrasta-a se tem que ser. Abana-a sacode-a revolve-a enfrenta-a olha-a ao pormenor encontra a estrela que sabes morar onde agora vês a cruz. Conheces-lhe bem a casa… shine.
do It. sbozzo s. m., delineação inicial de uma pintura, escultura ou desenho; bosquejo; fig., resumo; sinopse.
18.5.07
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
riscos
-
▼
2007
(77)
-
▼
mai.
(17)
- A sapiência e sabor humanos experimentam-se na doç...
- 1 = 12 = 52 = 365bem-haja a todos...
- Na memória no escuro. Lá fundo no silêncio. No fun...
- Quantas verdades pode um beijo provar? E quantas p...
- Caminha por entre o balanço de coros de anjos. Úni...
- O meu mundo é apenas a tempestade que me atravessa...
- Sobra-te o cansaço. Que reste o nada. Disfarça-o d...
- A noite já grande. O som baixinho lá longe a paz d...
- Ao fundo a respiração um tanto inquieta amaina à s...
- Ocupo um lugar numa esplanada com vista para o reb...
- Deixa que me afogue no mar que trazes na alma. O m...
- Nascem apenas para alívio de quem assiste. De quem...
- O escuro da sala é apenas perturbado pelos clarões...
- O medo constante. Sempre presente. Sempre soturno ...
- Foi esse esplendor que semeou o jardim onde me enc...
- Sinto-te a nostalgia estampada na nitidez fria do ...
- Amarro-me à fina teia de vida. À frágil existência...
-
▼
mai.
(17)
por aí..
eu
- symon
- Portugal
1 comentário:
"Ter a audácia de espreitar quem se é no fundo e o quanto no fundo se é."
:)
poder fechar os olhos e imaginar os conselhos que dás. imaginar o corpo a concretizá-los. e a alma a ir atrás, a concretizar-se também. (ou talvez seja ao contrário? malditos ciclos, não se sabe onde tudo começa e nada acaba)
sim, fecho os olhos e estou a correr. não páro.
beijo * :)
Enviar um comentário