do It. sbozzo s. m., delineação inicial de uma pintura, escultura ou desenho; bosquejo; fig., resumo; sinopse.

22.2.11

Olhado a fundo o olhar como se ali, breve poeira universal, coubesse toda a verdade do mundo. Como se apenas carinho morasse naquela centelha de tempo. Como se uma volátil promessa de saudade se arrastasse debaixo da pele. Um sorriso demorado num gesto tão natural que dir-se-ia desencaixado em qualquer outra possível expressão. Vultos amontoados, ao longe, despercebidos, breves sombras voláteis num esconde-esconde de luz.

A paz espelhada num rosto espalhada por toda a alma...



18.2.11


dúvida medo incerteza com certeza desconfiança o caos. esperança? o caos sim mais que certo. dúvida caos. medo caos. desconfiança caos. veste-o fica-te bem. o caos. pleno!!! o caos e eu.

“Do desastre universal ergo-me enorme e tremendo. Eu.” – V.F.


17.2.11

quem é que no fundo pode avaliar um louco ou a sua loucura? quem é que no fundo não o é? e quem não o quis nunca ser?



4.2.11

a tarde morna chapada a tom dourado. o corpo esticado todo lavado ao sol. ao frio. braços e pernas lembrando esboços e lendas. esticados ao mundo. as palmas ao de leve pousadas por sobre um verde adormecido quase gelado. um toque impregnado de vida. condensado a cada ponto de cor. espalhado. espelhado em todo o quieto e verde gelado. o frio breve por todo o peito. o inverno inspirado em silêncio - o quase pernicioso silêncio. equilibrado entre a paz e o instante depois do fim. sem certeza na escolha. e à falta doutra escolhe-se sempre a paz. será sempre paz… o olhar esquecido semicerrado e cru há muito pousado no alto. na imensidão. para lá das preguicentas metamorfoses de algodão em moroso deslizo - inocente entretém do sopro do mundo. para lá de leves danças e luas madrugadoras, depois da última réstia de luz inscrita no manto da noite. o verdadeiro palco. imenso. numa escala que reinventa importâncias. e que importa afinal? que importará no final?


o inverno dentro de mim.