a tarde morna chapada a tom dourado. o corpo esticado todo lavado ao sol. ao frio. braços e pernas lembrando esboços e lendas. esticados ao mundo. as palmas ao de leve pousadas por sobre um verde adormecido quase gelado. um toque impregnado de vida. condensado a cada ponto de cor. espalhado. espelhado em todo o quieto e verde gelado. o frio breve por todo o peito. o inverno inspirado em silêncio - o quase pernicioso silêncio. equilibrado entre a paz e o instante depois do fim. sem certeza na escolha. e à falta doutra escolhe-se sempre a paz. será sempre paz… o olhar esquecido semicerrado e cru há muito pousado no alto. na imensidão. para lá das preguicentas metamorfoses de algodão em moroso deslizo - inocente entretém do sopro do mundo. para lá de leves danças e luas madrugadoras, depois da última réstia de luz inscrita no manto da noite. o verdadeiro palco. imenso. numa escala que reinventa importâncias. e que importa afinal? que importará no final?
o inverno dentro de mim.
o inverno dentro de mim.
1 comentário:
Um dos textos mais bonitos que escreveste. Parabéns.
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