do It. sbozzo s. m., delineação inicial de uma pintura, escultura ou desenho; bosquejo; fig., resumo; sinopse.

29.4.07

Na crueza aflita de um choro arranca a espantosa viagem. “E quanto mais forte melhor. É saúde!” Um grito imenso de ar. Um berro pleno de vida. O sorriso vincado no cansaço do rosto a verdade. O orgulho no abraço no beijo a emoção. E o sorriso… dir-se-ia ali cravado para sempre… A viagem ainda que curta é já inevitável. Tão curta… Tão inevitável… O quente do regaço o conforto e um mar de paz. O primeiro ver já na bonança de emoções a magia a luz. E as cores tantas a par dos sons. Ouve-te. Escuta o mundo em ti. Que darias para lembrar? A avalanche inevitável de emoções a genuína estupefacção…. O mágico sopro da vida. E ainda que o não peças ou queiras ainda antes de o pensares cresces no tempo em tamanho em saber. Cresce o volume as vontades as memórias as que perduram as que se perdem… as que não se queriam perder. Cresce a saudade cresce o mundo encolhe o tempo. Encolhe a distância ao destino. Mas não hoje. Hoje és plena em ti. Espanta-te até que te consuma o cansaço e dorme então… dorme depressa. O tempo urge. A vida urge…

28.4.07

Sorrio no teu pensar e sem que o digas sinto-o…

27.4.07

Senta-te. Pede um café e senta-te. Senta-te neste vazio para que me não engula já. Fala-me do que julgas ser do que queres ser aos olhos que te vêem. Aos olhos que te lêem para além de palavras e gestos. Olhos que te ouvem o calmo sopro de alma. Traga mais uma bica, por favor! Senta-te. E o tempo que pare ou que passe lá longe onde corre o mundo. O café não tarda e menos tarda a explosão do vazio. Senta-te e conta-me quem julgas ser para que assim sejas. Toma o café queima um cigarro. Não queimes. Deixa-me ver-te. Fala-me num olhar num esgar de sorriso. Fala-me em silêncio para que saiba quem és no sítio onde não há palavras. Senta-te. Pára o tempo comigo…


Quem como eu

Quem como eu em silêncio tece
Bailados, jardins e harmonias?
Quem como eu se perde e se dispersa
Nas coisas e nos dias?

S.M.B.A.

18.4.07

Foi Sophia quem hoje abracei. Tocou-me no ombro ao passar olhou-me de soslaio. Sorri-lhe em cumplicidade e fomos beber um chá.


Divaga entre a folhagem

Divaga entre a folhagem perfumada
E adormece nas brisas embalada.

Aos lagos mostra a sua face nua,
E vai dançar nos palcos vazios da Lua.

Pálida de reflexo em reflexo desliza.
Não se curvam sequer as ervas que ela pisa.

É ela quem baloiça os lânguidos pinheiros,
Quem enrola em luar as suas mãos
E depois as espalha brancas nos canteiros.

S.M.B.A.

17.4.07

Quando a verdade inflama no peito é de repente. Fica-se assim… Quase sem chão expressão reacção. Fica-se estático. Num flash a vida perde a calma os pés o destino a cabeça a razão. A alma perde a paz… e sobra sempre esse sorriso. Sobra saudade no peito sobra o vazio nas mãos... Perturbas-me.

16.4.07

Fui visitar o mar. Senti-lhe o sal por entre um abraço saudoso e ainda frio. Perguntou por ti e não soube responder-lhe. Onde raio andas?

Vai vê-lo...

11.4.07

O que sentes é tudo o que és é o que te permites ser e inventa-lo se preciso for. Inventa-lo aos montes. E diariamente experimentas o ser de novo. Mergulhas fundo no dia afogas-te de vida num gosto quase devasso. Transformas aos poucos o tempo. Gota a gota colhido por entre o fresco véu primaveril. Bebido com o sol que te espreita banhado em perfume de terra molhada. O terno cheiro a liberdade. É quem no fundo amas. A liberdade... Entreténs-te na verdade do que sentes e ficas-te por aí… tu por entre o perfeito sorriso da tarde…

riscos