São só palavras o que quero berrar ao mundo. Só palavras que acumulo na raiva sufocante que me cresce por debaixo da pele. Raiva. Pena. Horror. Palavras… Estupefacção a cada dia a cada notícia e quando parece acalmar... Raiva. Horror. Pena. E entre palavras perde-se o apetite dum jantar já reles e sufoca-se de novo… E no virar dos olhos um jornal e mais palavras… E parece não ter fim… E sente-se que não vai acabar… Sinto que não vai mudar e não me resigno… Palavras. São só palavras e não muda e não me resigno… Ainda não o quero fazer… Não o quero fazer nunca! E revolto-me.
Hei-de berrar as palavras que não vais ouvir hei-de berrar-te a minha audácia e hei-de fazer-te ver tudo o que não ouvires… um dia hei-de dormir descansado. São só palavras que não calarei!
do It. sbozzo s. m., delineação inicial de uma pintura, escultura ou desenho; bosquejo; fig., resumo; sinopse.
19.10.06
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1 comentário:
Há palavras que saem da boca sem algum sentido, com menhum sentido, mas com muito sentir... Que por vezes calam e não chegam aos ouvidos de quem deviam chegar, talvez por medo, talvez pela coragem de não querer enfrentar o sentir que as palavras sem sentido têm. E neste rolar de palavras que não me saem da boca mas sim dos dedos, vou sussurrando a quem não me ouve o que quero dizer...
E eu preferia dizê-lo com o olhar.
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