do It. sbozzo s. m., delineação inicial de uma pintura, escultura ou desenho; bosquejo; fig., resumo; sinopse.

2.4.11



é o que é triste que te inunda o rosto. escorre-o por onde a noite já não o atinge. apaga a breve luz incendiada num olhar perdido no tempo. num olhar já cheio de nada. o olhar que rasgas sempre ao pôr-do-sol. e é no escuro que renasces. é às escuras que nasces de novo. é sempre às escuras que o corpo se te eleva para lá de si. é sempre ali que a cor se estica para onde nunca morou. no escuro lugar que te guarda. quedo e mudo. guardado no escuro que cresce no lugar onde já foste, o lugar onde te eras. e é só no escuro que cresces para o sitio onde não és. para o sitio onde não recordas se foste. cresces apenas para onde consegues crescer e cresces sempre… e já não interessa a cor já só importa crescer. cresces até à hora que não é de hoje. cresces até à hora que a cada manhã acorda a luz.. e a cada vez passas no lugar onde já não podes ser quem és. e o dia está já aí…



bom dia a cada manhã e a cada manhã viva abril…


 

3 comentários:

Olinda disse...

o lugar onde existimos é sempre o nosso lugar - a não descurar. :-)

... a cada instante ... disse...

Filosoficamente tenho alguma dificuldade em aceitar que do nada possa nascer algo... mas compreendo a escuridão da alma e sei o quanto a sombra é fecunda...

Anónimo disse...

Ainda que não o sendo..poderia bem ter sido..dálé!
regards::.