é daqui que o verbo se vê. e é daqui que se vê tanto… de onde sem artifícios sem que valham artes ofícios emerge detrás do olhar e preso nos lábios no rosto apaga atrições e desgostos e pára o tempo no ar. vê-se sempre que é de dentro sempre que o corpo encolhe e assiste – conato desejo - num rompante num lampejo a alma rasgar o molhe saltar muros barreiras raias paredes fronteiras imposta à carne rendida às pernas já frágeis tremidas a todo o batuque do peito aos olhos brilhantes ao jeito ao sorriso à comoção transborda da pele pra fora enguiça-se noutro peito e sem sentido nem jeito nem forma de ser ou de estar rasga o sorriso perfeito de quem o vê conjugado quem sem destino nem fado nem nada que ter e que dar se sente por todo um tanto tido todo como dado querido em gosto estimado e noutro peito a morar…
o verbo inundado de mar *
1 comentário:
"de quem o vê conjugado quem sem destino nem fado nem nada que ter e que dar"
Adorei este pedaço.
Muito bom.
Abraço.
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