Escondes-te. Por detrás da janela. No vestíbulo. Lá fora os transeuntes do costume. O mesmo ruído por debaixo da pele. E o que te move o mesmo. O ritmo o bater certo dos passos feitos peito. Tanto de vida por entrelinhas. Um vestíbulo a janela e ao fundo a lua cheia. Enorme. Fecunda em sonhos. Quão fértil consegues ser? Enterra a aridez adulta que és. Do esterco se fará viçosa a flor. Sonha. Encolhe no ínfimo da matéria explode em cor. Envolve-te. Revolve-te. Não nasças para lá do necessário. (re)nasce. Sê-te e leva-te ao limite. Leva-te em sonho leva-o até parecer tombar e colhe-o entre nova sementeira. Surdam sonhos em magotes enquanto o tempo ainda for tempo enquanto o tempo for de inventar.
nos entrementes sorri
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