do It. sbozzo s. m., delineação inicial de uma pintura, escultura ou desenho; bosquejo; fig., resumo; sinopse.

19.12.06

Espera, não vás ainda… Há tanto por dizer e por mostrar, há ainda tanto por viver. Não vás. O tempo é escasso. Toda a eternidade seria pouco para te descobrir, seria um só instante para te olhar e quero ver-te. Quero ter-te comigo quero beber o tempo em ti… A nostalgia de um adeus empurra-me para uma solidão inóspita. Não vás.

18.12.06

Sinto um amargo na boca como se nunca tivesse beijado... Um arrepio de saudade acariciou-me o pescoço lentamente. Senti-o nos ombros como uma massagem e este vício das saudades faz-me mal!!!

16.12.06

As escolhas são sempre imensas... a vida é que é só uma...
incógnito ainda... sempre... e para sempre...

14.12.06

prisão o ser verdade viver angústia o perder o sentir corações ver almas visões mistério sentir mistério sorrir razões corações o silêncio atroz multidões a fuga a luz a chuva saber o mar querer mais que sorrir milagre sorrir saudade um quê sem dúvidas porquês verdades verdade prisões as almas os corpos venenos vícios prazeres o ser obscuro um corpo o muro silêncio talvez no escuro te vês

13.12.06

Deixo o som invadir-me o corpo correr as veias vibrar os ossos. Na batida com a batida. Ouço-a sinto-a canto-a. Por dentro por fora. repeat. E ouço-a e ouço-me. Ouço-te… e o bom que é ouvir-te! repeat

12.12.06

viagens quantas não fiz
os sonhos que percorri
contudo o autor assim quis
houve dias que morri

prosa histórias poesia
livros que li e reli
lembro as palavras que lia
lembro as vezes que sorri…


(… e sorrio!)

11.12.06

As letras galopavam as folhas numa pressa selvagem numa liberdade natural. Surgiam no passar do aparo como vida na primavera do papel sedento da tinta que as faz brotar. Magia! pensava a cada letra desenhada. Milhares de letras palavras e até frases… Parou de repente por cima do borrão já esperado. Tentou ler. Releu-se e afogado numa gargalhada à séria ironizou o absurdo do que lera e uma culpa ecológica abanou-lhe o cérebro…

10.12.06

É num lugar ermo que te penso. É num lugar ermo que me vejo pensar-te. No infinito no fim de tudo. É nesse pensar que me perco a cada segundo dum cuco de horas que perecem num regaço… as infindas horas de um momento.

7.12.06

O melhor do mundo cabe dentro duma flor dum sorriso dum olhar e o quê melhor que um beijo para provar tudo isso?

6.12.06

No frio da noite arrepiou-a o calor do abraço que recebera. Ali naquele preciso lugar. Ao frio. Inspirou-o até onde coube. Olhou o céu de prata e despejou-o já morno num suspiro profundamente longo. Tão longo quanto o abraço e igualmente profundo. Ali à luz cheia da lua... ao frio. Entre velhos amigos.

5.12.06

Encontro-te entre tantos num dia à chuva. No embaraço da tarde sorris-me como podes como consegues. Olhas-me os olhos. Procuras perguntas ou talvez procures respostas. Então tudo bem é o que consegues balbuciar numa voz parca de som. Oca e vazia. Sorrio num aceno positivo. Pouso-te o beijo que te devo no rubro dos lábios entre a chuva entre a multidão. Demoro mais que o previsto… sussurro-te um adeus que tentas sorrir. E não sorris talvez pelo peso do adeus talvez por estar a chover. E no último olhar na última e mútua súplica alguém perdeu uma lágrima

4.12.06

e por tanto morar nas palavras já não sei morar em mim.

riscos