a pressa presente do tempo reprime a palavra muda. quieta numa pose eternizada. harmoniosamente suspensa em cordas de entrelinhas quase sempre trajada a negro soletrada em contraste na alvura do papel. emergia do aparo como rio da nascente. viva. límpida. imóvel. riscada na dança da pena dedilhada no pulsar ritmado de botões feitos cinzel. eterna testemunha do tempo que a viu brotar por vezes branda outras em temporais a preto e branco. e dela crescem saudades com o tempo o mesmo que a sustém e inibe e não pára. o tempo que a reprime à pressa e ao aparo que entre infrutuosos riscos jaz inerte na macilenta aridez das folhas…
talvez um dia o tempo se atrase - por ora vão três