pelo invernoso enfeite das ruas recorda dias sem sombra sem lembrar onde os perdeu. dias que aos poucos ficaram poucos e num repente nenhuns. dias que de amenos passaram a menos a cada um que passava na espera que num deles tudo passasse. que num instante breve de olhar o instante onde cabe uma centelha tudo fosse de novo o antes tudo perdesse o frio as sombras numa erupção de venenos incandescentes. que as vorazes raízes sufocassem e definhassem os baços vultos que inventam e habitam tão íntimo e oculto inverno…
num breve bafo de palmas irritou o frio onde pôde e seguiu inverno adentro
num breve bafo de palmas irritou o frio onde pôde e seguiu inverno adentro