A espontaneidade morreu. Num repente como se dela se tratasse. Nada surge do nada tudo se faz crescer ou nascer se não inato. E o destino escrito diariamente até ao fim. Há quem lhe chame futuro há quem o trate por sonho ou simplesmente amanhã…
do It. sbozzo s. m., delineação inicial de uma pintura, escultura ou desenho; bosquejo; fig., resumo; sinopse.
12.10.07
8.10.07
A luz foi-se há horas. E com ela todo um mundo do dia-a-dia. A inquietude duma vela dessa vela! Quanto silêncio! De quando em quando ouves gente como tu. Quase em desespero tão longe de ti. E que fazer agora sem luz? Num repentino mergulho em silêncio de cera no ribombar de ininterruptos tic-tacs. Paras o tempo. Finges pará-lo quando o calas para que não lembre o agora moroso passar. E ficas tu. Fitas a dança ritmada dessa chama. O balançar terno e sensual. A volúvel dança em nostalgia feita forma. E o que te lembra. Tanto do que foste e do que te faz hoje ser. Falta-te a melodia a acompanhar. Faltam-te os sonhos feitos som falta-te vida para lá de ti. E de novo o desespero de quem já não sabe falar. A ansiedade eufórica enche o escuro das ruas. E de repente tudo pára. Até o tempo já sem voz para ripostar. Enches a alma de cheiro a pavio sentes o quente no rosto no peito e o bafo agridoce a nostalgia. O mar que te encharca o palato e te espreme devagar. Lembras tanto do que foste tanto que não quiseste ser. E aprendes-te em monólogos peças soltas do pensar. Sabes-te um pouco mais na verdade que te faz a alma na cobarde coragem que te molda o ser. O mundo dorme. A luz foi-se há horas. E tu de tempo parado e nova vela. Lês-te. Sorris na abrangência do que não vês.
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